Quem aí que nunca tenha passado raiva na frente do computador buscando uma foto que me perdoe, mas a organização de arquivos é fundamental para poupar tempo e energia.

Com o advento da fotografia digital (sim, sou do tempo do filme e da câmera analógica, com a agravante de ter trabalhado por 10 anos na Kodak e ser apaixonada pelos processos químicos envolvidos nessa tecnologia), o número de arquivos que a gente passou a acumular ficou gigante – e para muitos, uma dor de cabeça difícil de administrar, que só provoca frustração quando é necessário encontrar um arquivo específico naquele mar de informações.

Nós não somos aqueles super equipados e loucos por fotografias – normalmente usamos apenas os celulares e no máximo, uma câmera digital semiprofissional mais antiguinha -, mas também estamos longe do estilo minimalista em relação a fotos. E mesmo não sendo os doidos da fotografia, temos filhos, o que faz aumentar exponencialmente o número de fotos tiradas em qualquer que seja o momento.

Mas ser uma pessoa organizada tem suas vantagens, e desde que passamos a guardar as imagens no formato eletrônico criei uma metodologia própria, que fui aprimorando e modificando ao longo dos anos. Confesso que me ajudou (e ainda ajuda muito) quando comecei o blog, há alguns anos, pois as fotos são fundamentais no momento de recordar detalhes importantes e tornar os posts mais ilustrativos e agradáveis de ler. E nesse momento de reclusão forçada que estamos passando muita gente tem aproveitado o tempo para organizar melhor a casa – e por que não aproveitar para organizar também suas fotos?

Vou compartilhar aqui o meu método (que marido aprovou e adotou também), que tem bastante lógica pra mim mas que pode ser modificado ao gosto do freguês. Pode ser um ponto de partida ou uma inspiração para que cada um encontre sua própria lógica.

Dica 1: Separe os arquivos por ordem cronológica

No nosso caso, o ponto de partida é o ano. A foto abaixo é da pasta Imagens do nosso PC. Como trocamos de notebook há pouco tempo, optei por deixar no computador atual somente os arquivos a partir de 2009, o restante está num HD externo (o mesmo onde faço backups de tempos em tempos).

Dica 2: Utilize uma lógica de pastas que seja fácil de entender

Eu escolhi iniciar os nomes das pastas com o mês e o dia em que as fotos foram tiradas, seguido do nome do local ou evento. Dessa maneira o próprio Explorer já traz os arquivos em ordem cronológica, facilitando a busca.

Esse foi um aprimoramento, pois em princípio as pastas eram nomeadas pelo local ou evento, mas dependendo de quem de nós (marido ou eu) que criasse o nome das pastas, o outro já tinha dificuldade de encontrar. 

Para quem tem muitas fotos, talvez seja necessário subdividir os anos em meses – e aqui a dica é nomear as pastas com números (01 ao invés de janeiro, por exemplo) para que os arquivos já apareçam em ordem cronológica.

Dica: não confie na data do arquivo! Quando modificamos uma foto ou a salvamos de um dispositivo para o outro, a data de captura pode se alterar.

Dica 3: Fotos “genéricas” – o que fazer com elas?

Quem não tira uma porção de fotos bacanas – um pôr-do-sol bonito da janela de casa, ou uma selfie quando reencontra um amigo, ou uma gracinha das crianças – e depois quer guardar e não sabe como classificá-la?

Para isso criei algumas pastas mais gerais, que não necessariamente respeitam a ordem cronológica. Dentro de cada ano temos, por exemplo, uma pasta para cada filho e uma para fotos dos dois, assim como agora temos uma pasta exclusiva para nosso mascote Bolota. Nem que seja uma pasta nomeada como Diversos – é melhor isso que ter fotos soltas.

Mantemos também algumas pastas próprias – marido normalmente tem pastas de Trilhas e Corridas todos os anos, e dentro delas subpastas que seguem a lógica anterior (mês-dia e nome do evento ou local). Dessa forma ele guarda fotos mais pessoais mas de maneira integrada ao nosso arquivo geral.

Dica 4: Fotos modificadas, vale a pena mantê-las?

No caso das fotos que modifico para o blog, eu mantenho as originais em seus arquivos originais, e as cópias (com outros nomes) em pastas que crio para cada post – totalmente separadas do pasta Imagens do Explorer. Como diminuo significativamente o tamanho dos arquivos para postar, evito correr o risco de perder a qualidade da imagem original por ter salvado uma em cima da outra. Essa dica vale para quem utiliza algumas fotos para algum outro fim, como no meu caso.

Dica 5: Descarregue as fotos dos dispositivos para o computador com frequência

Evite passar muito tempo com as fotos somente no celular ou no cartão da câmera. Se forem fotos de viagem, o melhor mesmo é descarregá-las logo na volta, pois a memória ainda está fresca e fica mais fácil classificá-las. Para viagens mais longas, separar as fotos por locais ou por dias pode fazer sentido, só é preciso adotar uma lógica que ajude a localizar as imagens.

Dica 6: Faça modificações no seu método de organização se achar que não está funcionando

O aprimoramento é constante! Nem sempre o que funciona para mim funciona para os outros – não tenha preguiça de fazer modificações até encontrar seu modelo ideal. O importante é adotar um modelo e se ater a ele.

Dica 7: Imprima algumas fotos e organize um álbum

Sei que isso pode soar meio fora de moda, mas como amante da fotografia impressa sinto muita falta de poder manusear minhas fotos preferidas – ver fotos numa tela definitivamente é bem mais cansativo e sem graça. Aqui em casa mantemos alguns álbuns com fotos impressas na estante da sala, e não raro nos pegamos olhando e matando as saudades de algumas viagens e momentos deliciosos. Dá trabalho organizar e tem um custo, mas o resultado final sempre vale a pena.

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