A Copa Airlines é uma companhia de origem panamenha, fundada em 1947, bastante consolidada no setor aéreo. Ela atualmente oferece voos para 75 destinos diferentes nas Américas, incluindo EUA, Canadá e Caribe, partindo dos principais aeroportos do Brasil. Como a sua sede é no Panamá, as conexões dos voos são sempre na Cidade do Panamá.

Embora não seja considerada uma companhia low cost, a Copa sempre se destacou por oferecer preços abaixo das suas concorrentes e pode ser uma boa opção para viagens pelas Américas: os preços são atrativos, os destinos são variados e voando com ela ainda é possível acumular milhas Smiles, pois a companhia faz parte do grupo Star Alliance.

Nós voamos de São Paulo a Toronto com a Copa em julho/2024 e vamos contar neste post como foi a nossa experiência.

Como foi a escolha da Copa

Como iríamos viajar para o Canadá em julho, alta temporada no hemisfério norte, os preços das passagens estavam nas alturas. Consideramos todas as companhias aéreas que voam de SP a Toronto e fomos pesquisando a melhor combinação de data, preço e número de conexões.

Ao final, após muitas tentativas e testes, compramos a ida pela Copa (com conexão de 2h30 no Panamá) e volta pela Air Canada, num voo direto de Toronto. Essa foi a melhor combinação de datas e preços que conseguimos.

Fizemos a compra diretamente no site da Copa (link aqui) e ainda pudemos parcelar em 6 vezes no cartão de crédito. Dica: como mencionamos acima, a Copa faz parte da Star Alliance e comprando as passagens com um cartão de crédito que também compute milhas, ganha-se duas vezes – com o valor da compra e as milhas do próprio voo 😉

Como foi voar com a Copa

A Copa oferece vários voos partindo de Guarulhos rumo a Toronto, com diferentes tempos de conexão (inclusive há a opção do stop over no Panamá). Nosso voo partia às 11h10 da manhã em Guarulhos e chegamos bem cedo ao aeroporto para fazer o check in.

Nossas passagens incluíam somente um item pessoal e uma bagagem de mão de até 10 kg, por isso nossa ideia inicial era fazer o check in online pois não iríamos despachar nenhuma mala. Mas não conseguimos pois a única maneira de completar o check in com antecedência era marcando os assentos – e a Copa cobra pela marcação dos assentos, mesmo aqueles sem nenhum requisito especial. Sendo assim, como não quisemos pagar nada a mais, fizemos o check in diretamente no guichê da companhia no aeroporto de Guarulhos, algumas horas antes da partida.

O atendimento no check in do aeroporto foi bem mais ou menos (os atendentes pareciam não estar prestando atenção nos clientes pois estavam muito ocupados conversando entre si sobre outros assuntos) mas vale destacar que nos mantiveram juntos, isto é, cada adulto com uma criança (éramos um casal e dois menores de 11 e 14 anos), isso sem a gente ter que pedir. Nos ofereceram também o despacho de uma mala sem custo, mas não quisemos.

Voos e conexão da Copa

O primeiro trecho da nossa viagem, o voo até o Panamá, foi num avião 737, com duas fileiras de 3 assentos cada. O espaço entre as fileiras era bem apertado e os encostos reclinavam muito pouco, duas características bem low cost. E estava praticamente cheio, pois levava passageiros que fariam diferentes conexões.

Também não havia telas à frente: o acesso ao entretenimento (filmes, séries, música) era fornecido através do site da Copa. Era preciso entrar no WiFi, escanear o QR code e entrar no site, e encaixar o celular nessa tampinha do encosto. Meio precário mas funcionava rsrs Para ajudar, forneceram fones de ouvido, e havia entradas USB na lateral dos assentos para carregar o celular.

Como o voo era diurno, foram oferecidas duas refeições: almoço (com duas opções – massa e carne) e um lanche, e achamos a comida bastante razoável em se tratando de comida de avião. Os comissários, em sua maioria panamenhos, também passavam com frequência oferecendo água e eram bastante solícitos e gentis.

O voo saiu pontualmente e chegou no horário previsto na Cidade do Panamá. O aeroporto não é grande e é bem fácil se locomover. No nosso caso, tínhamos 2h30 entre um voo e outro e foi o suficiente para cruzarmos o aeroporto com tranquilidade, pois descemos num extremo (que aparentava ser uma parte mais nova) e embarcamos no outro lado (que parecia mais antigo).

NOTA: A escolha do tempo de conexão sempre é difícil: um tempo muito curto pode ser arriscado, caso o aeroporto seja muito grande ou o primeiro voo atrase; por outro lado, muitas horas de espera, num aeroporto pequeno, pode ser uma perda de tempo e um tédio (especialmente viajando com crianças). Quando compramos as passagens havia várias opções, inclusive uma com menos de duas horas entre um voo e outro, mas ao final decidimos que 2h30 era o suficiente.

Já o embarque para Toronto foi meio confuso: foi instalado um raio-X provisório próximo ao portão de embarque, que tomava um espaço enorme num local já não muito grande. Era necessário tirar os sapatos e isso sempre cria confusão, imaginem num lugar já cheio de gente sentada nas cadeiras, malas para todo lado, agentes da alfândega trabalhando e passageiros que já tinham passado no raio X pegando suas coisas e tentando calçar os sapatos. E uma vez feito o processo não era permitido sair da área cercada nem para ir ao banheiro!

Para nossa sorte, o embarque foi feito na hora prevista e o voo também saiu no horário certo. Mas ficamos impressionados com a quantidade de aviões decolando ao mesmo tempo! Havia uma fila de aviões, coisa que nunca tínhamos visto – na foto abaixo aparecem sete atrás do nosso, e tivemos que esperar pelo menos três outros aviões decolarem antes da gente.

Neste segundo trecho rumo a Toronto o avião era maior, com espaço um pouco mais confortável entre os assentos, e estes também reclinavam um pouco mais. Havia também telas para o entretenimento, embora as opções fossem as mesmas. Não me lembro se o modelo do avião era o mesmo, mas a disposição interior também era de duas fileiras de três assentos.

Como foi um voo mais noturno, foi oferecido jantar (também com duas opções). Nesta segunda etapa achamos os comissários menos simpáticos, mas pode ter sido somente uma impressão devido ao cansaço. O voo foi tranquilo e chegamos em Toronto no horário previsto.

Mas afinal, vale a pena voar de Copa?

Na nossa opinião, valeu a pena. Os principais pontos positivos, além do preço – óbvio – foram:

• Voos muito tranquilos e pontuais;
• Tempo de conexão suficiente;
• Refeições boas (nada impressionante, mas como mencionamos acima, boas o suficiente);
• Conforto compatível com viagens em classe econômica em outras companhias aéreas.

Já como pontos negativos, pontuamos: a falta de espaço no avião do primeiro trecho (se fosse uma viagem mais longa ou noturna, seria bem desconfortável) e o improviso da fiscalização de segurança no portão de embarque no aeroporto do Panamá.

A conclusão é: no nosso caso, o custo-benefício compensou, lembrando que tudo transcorreu normalmente, sem atrasos ou problemas de nenhum tipo. E lembrando que essa foi a nossa experiência neste trajeto em específico – não podemos opinar sobre outros destinos.

Dica extra: Não viaje para o Canadá sem seguro viagem! Embora o seguro não seja obrigatório para entrar no país, os serviços médicos no Canadá são caríssimos e ninguém quer ter a péssima surpresa de precisar de assistência médica durante a viagem e voltar com uma dívida gigante. Ainda mais viajando em família, essa é a melhor opção. Faça sua cotação com nosso parceiro Real Seguros e escolha o plano que melhor te atende.

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