[ATUALIZAÇÃO 2024: o tour guiado pela fábrica, como contamos abaixo, está temporariamente suspenso. Está disponível apenas a visita ao Museu Garoto]
Um dos pontos turísticos mais famosos e conhecidos de Vila Velha é a fábrica de chocolates Garoto. Encravada praticamente no meio da cidade, é uma das dez maiores fábricas de chocolate do mundo e ocupa uma área enorme no tradicional bairro da Glória. E o mais bacana: permite a visitação às suas instalações, da qual vamos falar neste post.
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Origens e história da Chocolates Garoto
Fundada pelo alemão Heinrich Meyerfreund, a fábrica do bairro da Glória fazia e comercializava somente balas quando foi fundada, em 1929. O senhor Meyerfreund, homem pouco imaginativo, batizou a empresa com o próprio nome e começou a empregar meninos para vender as suas balas nos pontos de bondes e principais ruas da cidade. Como quase ninguém conseguia pronunciar o nome correto das balas, as pessoas começaram a pedir as “balas do garoto”, se referindo aos meninos. E foi assim que a empresa passou a se chamar Garoto e surgiu aquela inesquecível imagem do garoto vermelho de boné, marca registrada da empresa.
A Garoto passou por diversos altos e baixos ao longo dos anos, incluindo um grande crescimento nas décadas de 70-80 e uma super crise nos anos 2000 por conta de disputas entre os diferentes sócios. Até que em 2002 foi adquirida pela gigante suíça Nestlé, num imbróglio judicial que só se resolveu em 2023 (leia aqui a notícia).
Na fábrica de chocolates de Vila Velha são feitas todas aquelas marcas que a gente conhece: Talento, os bombons da caixa amarela, o Baton (que é o único chocolate nesse formato no mundo), e aquela balinha de hortelã retangular da embalagem verde, além dos produtos sazonais como ovos de páscoa.
Como é a visita guiada à fábrica
Nós fizemos a visita guiada à fábrica da Garoto em duas oportunidades diferentes (2012 e 2019), com algumas mudanças entre uma e outra, mas com certeza foram ótimas experiências. Isso porque somos engenheiros e estamos familiarizados com ambientes fabris, imaginamos que para quem nunca pôs os pés numa fábrica seja uma experiência ainda mais surpreendente.
A visita deve ser agendada pelo site, onde estão disponíveis os dias e horários (link aqui), e a idade mínima é 6 anos. Na mesma página estão as regras para poder participar, sendo as principais: usar calças compridas, tênis ou sapato fechado e blusa de manga curta ou comprida. Eu vi algumas pessoas usando umas calças emprestadas, pois suas roupas estavam fora das regras, mas vale dizer que é melhor ir já preparado. Os grupos são de no máximo 45 pessoas por horário, e embora o agendamento deva ser feito pelo site, o pagamento é feito na hora, num guichê próximo à portaria. O visitante ganha então um crachá e aguarda o chamado dos guias.
A primeira etapa da visita é a preparação – é necessário guardar bolsas, mochilas e outros objetos (inclusive celulares e câmeras fotográficas pois não é permitido tirar fotos no interior da fábrica) e retirar todas as jóias, e guardá-las em armários com chave. Depois todos entram numa salinha, onde assistimos um vídeo contando a história da empresa e somos instruídos sobre as regras de segurança. Nesse momento também ganhamos as roupas de proteção e as toucas descartáveis, elásticos para prender a barra das calças e fones de ouvido, pois durante a visita o guia fala por uma espécie de rádio. Saindo dali somos encaminhados a um lavatório, onde é necessário lavar as mãos e higienizá-las com álcool gel – afinal, é uma empresa de alimentos e todos os cuidados com higiene são levados muito a sério.
Só então a visita começa! O guia explica como chegam as matérias-primas, como é feito o transporte delas até as máquinas, e dentro do prédio vemos como são confeccionados e embalados os bombons. No dia em que fui ficou faltando uma parte da visita pois algumas máquinas estavam em manutenção. Na última visita, o tour incluía apenas a parte de fabricação de bombons – diferente da primeira vez em 2012, quando era permitido que os visitantes experimentassem os bombons durante o tour. A guia nos informou que já há algum tempo proibiram essa prática pois algumas pessoas exageravam na comilança e acabavam passando mal.
Ao final do tour voltamos para a salinha e nos livramos das roupas e dos fones. Nos levam então para uma outra sala, de degustação, onde aí sim pode-se experimentar os chocolates à vontade. Ali também fica uma máquina onde pode-se tirar fotos, que depois ficarão disponíveis na página oficial da Garoto no Facebook, na aba Chocotour (foto acima). Dessa sala seguimos para uma antessala, o único local onde é permitido tirar fotos, onde um guia nos conta um pouco da história do chocolate, desde a época dos maias, o primeiro povo a extrair do cacau um rudimento do nosso chocolate atual (foto abaixo).
A última etapa da visita é o Museu Garoto, onde é contada a história da empresa desde a sua fundação. Há a evolução do logotipo e das embalagens, assim como várias propagandas antigas – saudosistas vão amar. Uma pena que não é permitido tirar fotos ali. O museu pode ser visitado independente do tour, com ingresso cobrado à parte. O tour completo leva cerca de 2 horas.
Saindo do museu chega-se à lojinha, que também pode ser acessada independentemente da visita. Ali tem de tudo, de bombons a granel e embalagens diferenciadas, a outros produtos como toalhas, camisetas, bonés e imãs de geladeira com o logotipo Garoto. Vale explorar e levar alguns produtos difíceis de achar em outros lugares.
Outras fábricas de chocolate que conhecemos
Nós amamos chocolate e não perdemos a oportunidade de conhecer fábricas de chocolate! Veja abaixo outros lugares que já visitamos:
- Fábrica da Nestlé, em Caçapava (SP) – pertinho de onde moramos, fica uma das maiores fábricas da Nestlé, responsável pela produção de muitos dos chocolates que amamos: KitKat, Lollo, Alpino, Chokito, Galak. Na visita guiada é possível conhecer um pouco mais sobre a história da marca e o processo de fabricação dessas delícias!
- Fábrica de chocolates Nugali, em Pomerode (SC) – primeira fábrica de chocolates no Brasil a trabalhar no conceito bean-to-bar, ou seja, a ser responsável por todas as etapas de fabricação (da compra das amêndoas à venda de produto final). Vale dizer que a visita é muito bacana e os chocolates são deliciosos!
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Respostas de 14
Adorei o post, não vou mentir que fiquei com inveja…. hahahahahha……
Realmente essa visita é demais! Vale incluir num roteiro em Vitória e Vila Velha.
Nossa, esse chocotour é a minha cara. Já fiquei sonhando com a parte de comer à vontade rsrs. Que pena não poder fazer fotos durante a visita à fábrica da Garoto.
Realmente a salinha onde se come à vontade é uma das melhores partes da visita kkk
Uma delícia de passeio, não conhecia a Chocotour. Agora fiquei com vontade de conhecer.
Realmente é um ótimo passeio!
Confesso que não sou muito fã dos chocolates Garoto, mas imagino que a visita na fábrica em Vila Velha deve ser muito interessante.
O bacana é ver como os produtos são feitos, mesmo não gostando muito dos chocolates. Eu amo Baton e Talento, então pra mim foi um prato cheio!
Esse chocoltour é maravilhosooo, sou apaixonada por chocolates. Adoraria conhecer, pena que tem que guardar o celular, câmera… fiquei curiosa para ver imagens.
É uma pena mesmo não poder tirar fotos… mas dificilmente fábricas liberam esse tipo de coisa, e na Garoto não é diferente.
Como eu sinto saudades do chocolate do Brasil. Ir no ChocoTour seria perfeito para mim que amo chocolate. Deu vontade de pegar meus priminhos e ir visitar essa fábrica super interessante.
Vale mesmo a pena, é um passeio super fora do comum.
Cintia amei esse seu post da chocotour, visita guiada a fabrica da garoto. Estarei indo para lá em Julho e já vou querer fazer tb.kkkkk
Poxa cheguei tarde nesse post, achei o tour guiado pela fábrica bem legal, vejamos se até eu viajar para Vila Velha ele retorna, de qualquer forma a visita ao Museu Garoto parece interessante também.