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Histórias de mulheres viajantes: livros e filmes para inspirar

Conteúdo atualizado em 13 de março de 2025

No mês de março celebra-se o Dia Internacional da Mulher – o dia 8 é a data de relembrarmos as conquistas em relação à equidade de gênero, avaliarmos o bom tanto que ainda há a fazer e também celebrarmos as inúmeras mulheres que fizeram a diferença no mundo.

E como esse é um blog de viagens, vamos usar a data para inspirar viagens: listamos aqui alguns livros e filmes, todos com protagonistas mulheres, que viajaram por diferentes lugares do mundo. No final, algumas dicas bônus com histórias de mulheres reais, pioneiras em seus ramos de atuação, que merecem muito ser lembradas e celebradas sempre.

Nós: o Atlântico em solitário (livro)

Nós: o Atlântico em solitário (livro)

Vamos começar com uma história muito inspiradora, atualíssima e recém-lançada em livro: Nós – o Atlântico solitário, de Tamara Klink, conta a viagem dessa jovem de 24 anos pelo Atlântico. Partindo da França até chegar ao litoral brasileiro, Tamara divide com os leitores sua expedição solitária com todos os percalços e triunfos. Com essa viagem, ela se tornou a mais jovem brasileira (entre todos os brasileiros, homens e mulheres) a cruzar o Oceano Atlântico num veleiro, sozinha.

Vale dizer que Tamara Klink é muito inspiradora, e usa suas viagens como reflexão para muitas outras situações que passamos (em terra, inclusive). Ela é uma pessoa que vale a pena acompanhar no Instagram, pois está sempre postando coisas interessantes e muito bem escritas.

Meus dias na livraria Morisaki (livro)

Meus dias na livraria Morisaki

Um livro que nos faz viajar pelo Japão e pela cultura japonesa – não a cultura pop que é vendida ao Ocidente, e sim a do dia-a-dia de pessoas comuns. Em Meus dias na livraria Morisaki acompanhamos a vida da jovem Takako que, após uma desilusão amorosa, vai morar num quartinho em cima da livraria de seu tio, num bairro em Tóquio repleto de outras livrarias e sebos (o bairro de fato existe e se chama Jinbôchô). E lá pelo meio do livro a protagonista, muito a contragosto, faz uma viagem com a esposa de seu tio ao interior do Japão. A viagem se revela transformadora para ambas as mulheres e responde muitas das perguntas que ficam no ar no início da história, além de ser ricamente descrita – a sensação é de estarmos viajando com elas e apreciando as paisagens.

O texto é suave e a narrativa chega a soar até infantil às vezes, mas combina com essa história cheia de pequenas nuances.

Livros da autora Jenny Colgan

Mulheres comuns com muitas questões a resolver que se veem praticamente obrigadas a sair de casa e se mudar para um novo lugar: esse é sempre o ponto de partida dos livros da autora Jenny Colgan. Seja para Paris ou para uma desconhecida ilha na Escócia, é uma delícia viajar com essas mulheres e acompanhar seu crescimento pessoal frente às inúmeras adversidades que enfrentam com a mudança – e melhor ainda: já saber que o final será sempre feliz. Leituras perfeitas para tempos difíceis, diria até terapêuticas rsrs

Abaixo alguns dos melhores títulos da autora:

Livre (livro e filme)

Histórias de mulheres viajantes

Impossível fazer uma lista de personagens viajantes sem citar Cheryl Strayed, a protagonista de Livre, uma história premiadíssima tanto em livro quanto sua adaptação ao cinema. Após perder a mãe e enfrentar um divórcio, Cheryl se vê muito deprimida e apresentando um comportamento autodestrutivo. Ela decide então fazer sozinha a Pacific Crest Trail, uma trilha de mais de 1700 milhas que vai margeando o Oceano Pacífico, enfrentando a natureza selvagem (frio, calor, animais, tudo que se possa imaginar), além da exaustão e do desgaste físico. Durante a viagem, vamos acompanhando seu dia-a-dia junto com suas memórias, que vão sendo reveladas aos poucos.

O filme estrelado por Reese Whiterspoon (atualmente disponível na Disney+) é bom, mas quem leu o livro antes de assistir ao filme percebe alguns buracos na história. No livro é possível entender melhor todo o contexto familiar por trás do comportamento de Cheryl, além da mudança que vai se operando em seu espírito conforme a viagem se completa, o que no filme é contado de forma bem mais resumida. De qualquer forma, é certamente uma história muito inspiradora!

Nomadland (livro e filme)

Histórias de mulheres viajantes

Filme ganhador do Oscar 2021 (atualmente disponível no Disney+), Nomadland é baseado num livro de mesmo nome. O livro tem um caráter mais documental, e foi escrito por uma jornalista que acompanhou uma série de pessoas por alguns meses, inclusive a protagonista do filme, uma mulher chamada Linda May.

As viagens aqui não são exatamente bonitas e o tom do filme é bem melancólico. A história se baseia na vida de estadunidenses “sem-casa”: cidadãos já aposentados ou próximos da aposentadoria, falidos por conta da crise econômica de 2008, muitas vezes endividados e que não conseguiram manter suas casas, e que passam a viver em trailers e motorhomes. Para sobreviver, viajam pelos EUA se submetendo a subempregos mal remunerados. São tantos que formaram uma comunidade, que se encontram ocasionalmente e se ajudam mutuamente.

O filme é centrado em Linda May e a resiliência que ela demonstra em suas viagens, reagindo às constantes trocas de emprego e à saudade de sua antiga vida, em meio a diferentes paisagens do país. Um retrato corajoso mas nada bonito do “sonho americano”.

Batalhão 6888 (filme)

Baseado em fatos reais, o filme Batalhão 6888 (disponível na Netflix) conta a história do único batalhão formado por mulheres negras durante a participação dos EUA na Segunda Guerra Mundial. Menos de um ano antes do fim da guerra, o grupo formado por 855 mulheres e liderado pela Major Charity Adams foi enviado à Inglaterra com uma missão quase impossível: recuperar e distribuir a correspondência dos soldados em combate.

Nem é preciso mencionar o tamanho das dificuldades que essas mulheres enfrentaram: do racismo descarado à intenção clara que falhassem na missão, por serem mulheres. A longa viagem de navio, as condições precárias em que encontraram as correspondências, a transformação do local onde se estabeleceram, tudo isso foi enfrentado com resiliência e coragem. Um retrato bem diferente do que costumamos ver em filmes passados nessa época.

Amores Solitários (filme)

Amores Solitários filme netflix

Seguindo a vibe de romances de mulheres com homens mais novos, Amores Solitários (disponível na Netflix) conta a história de Katherine Lowe. Escritora renomada e bastante reservada em sua vida pessoal, ela viaja ao Marrocos para participar de um retiro para escritores, buscando fugir de um bloqueio criativo.

Mesmo evitando a todo custo a socialização forçada – o que ela queria mesmo era isolamento para poder escrever em paz – ela acaba conhecendo o namorado (que logo vira ex) de uma das outras participantes do retiro. Eles engatam um romance em meio a passeios pelo Marrocos e descobrem ter muito mais em comum do que imaginavam.

Do Jeito que Elas querem – o próximo capítulo (filme)

Histórias de mulheres viajantes

Continuação do filme Do Jeito que Elas Querem, de 2018, quando quatro amigas de longa data têm suas vidas alteradas radicalmente após a leitura de 50 Tons de Cinza em seu clube do livro. Neste segundo filme, elas decidem fazer a viagem de amigas que nunca tiveram chance de fazer quando jovens, para festejar a despedida de solteira de uma delas.

Por se tratar de uma comédia, a confusão é certa e são muitos os perrengues que elas enfrentam assim que desembarcam na Itália. Mas apesar do tom meio pastelão, as atrizes são maravilhosas (e a exaltação da amizade também) e o filme consegue transmitir o recado: é preciso viver cada dia como se fosse o último. Disponível no Prime Video.

Dicas bônus

Descobrimos recentemente a história de uma brasileira extraordinária: Ada Rogato, uma paulistana nascida em 1910, é considerada a pioneira da aviação no Brasil. A lista de realizações dela é extensa: primeira paraquedista da América do Sul (e foi campeã de paraquedismo em diversas competições); primeira mulher a atravessar a Cordilheira dos Andes num avião de pequeno porte; primeira a sobrevoar a floresta amazônica sozinha num monomotor; primeira aviadora a chegar sozinha na Terra do Fogo, na Argentina; primeira piloto a percorrer as três Américas num voo solitário. Ah, e tudo isso naquela época em que mulher era educada apenas para casar e cuidar da família.

Ela foi recentemente homenageada com uma sala no Museu Asas de um Sonho, localizado em Itu, interior de SP. Lá conhecemos sua história e é onde está um dos seus aviões preferidos, o pequeno Cessna batizado de “Brasil”, companheiro de Ada em inúmeras viagens. Não há filme ou livro dela (fica aí a ideia, ela merece!), mas esse documentário no YouTube está bem completo e conta detalhes de sua vida: Ada Rogato – a Maior Aviadora do Brasil?

A segunda dica é de livro: A Única Mulher, biografia romanceada de Hedy Lamarr. Nascida na Áustria, Hedy era uma atriz iniciante quando se casou com um general alemão. Após o início da Segunda Guerra, ela conseguiu fugir da Alemanha, indo para a Inglaterra e depois para os EUA, onde consolidou sua carreira em Hollywood. Mas Hedy também foi uma cientista brilhante, inventando o sistema considerado o precursor do Wi-Fi – e só teve o reconhecimento disso décadas mais tarde, mesmo tendo seu sistema usado com sucesso na vitória dos Aliados contra a Alemanha. Uma história incrível!

Outros livros para inspirar viagens


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Somos uma família de 4: eu, Cíntia, engenheira de formação mas que sempre gostei de escrever e viajar; marido, que me acompanha nas viagens desde 2009; e nossos dois malinhas, Letícia e Felipe, atualmente com 15 e 12 anos, que carregamos por todos os lugares desde que ainda estavam na minha barriga.

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