Search

O que fazer em Paranapiacaba em um dia

Conteúdo atualizado em 25 de fevereiro de 2024

Aproveitamos o último sábado de férias para fazer um passeio diferente e cheio de História (com H maiúsculo mesmo): o distrito de Paranapiacaba, pertencente ao município de Santo André. Marido já conhecia, de um passeio de bicicleta, e eu havia lido sobre o festival de inverno que acontece lá nos últimos fins de semana de julho.

A origem da vila é a construção da primeira ferrovia no estado de São Paulo. Vieram para cá muitos britânicos para fazer o planejamento, construção e posterior manutenção dessa ferrovia, e aquele ponto da Serra do Mar foi o escolhido para que os trabalhadores fixassem residência – e por isso o estilo da vila é todo inglês, havendo inclusive uma réplica do Big Ben (mais sobre a história da região aqui e aqui).

Vale dizer que é possível chegar até lá por trem mesmo – saindo da estação da Luz, em São Paulo, todos os domingos (mais info aqui).

O caminho para chegar lá saindo daqui de São José dos Campos não é dos mais simples, apesar da distância não passar de cento e poucos quilômetros, e levamos cerca de 2 horas até lá. Como o festival de inverno atrai muitos visitantes, a cerca de 6 km da entrada da vila havia uma barreira policial, orientando que apenas quem iria se hospedar ou trabalhar lá poderia seguir de carro. O restante dos visitantes deveria deixar o carro no estacionamento ao lado da barreira, que custava R$ 40 o dia todo, e seguir com o ônibus disponibilizado dentro do estacionamento. Na hora achamos um pouco de exagero, mas ao chegarmos lá vimos que realmente não havia condições do local comportar tantos veículos. Meus malinhas adoraram o “bônus” do passeio de ônibus! (Não sei como funciona em fins de semana normais – vimos apenas um estacionamento na entrada da vila).

Chegamos pela parte alta, onde fica a igreja e – como descobrimos depois – as casas mais novas, construídas para abrigar o comércio da vila. Seguimos em direção da ponte para pedestres que passa em cima da ferrovia, e liga a parte alta com a parte baixa. O dia estava lindo e a vista, fantástica!

Essa mesma ponte tem uma ligação com a entrada do Museu Ferroviário (R$ 10 a entrada adulto). Um guia nos explicou um pouco da história do lugar, onde é mantida parte das construções da época, equipamentos e alguns vagões, espalhados por uma área bem grande.

Ele nos contou também que a vila está para ser tombada como patrimônio histórico, e por isso alguns locais estão sendo revitalizados. Fico sempre impressionada com o fascínio que os trens exercem nas pessoas!

Um passeio muito interessante, uma foto da história das ferrovias no Brasil, fiquei bem feliz de saber que há todo um esforço em manter aquilo tudo e disponibilizar para visitação.

Dali voltamos à ponte e seguimos para a parte baixa, que estava cheia de gente. Eu achei que havia muitas opções de restaurantes, mas na verdade havia apenas um quiosque grande da Baden Baden (provavelmente só por causa do festival) e o restante eram lugares pequenos improvisados dentro das casas. Nesse ponto erramos no planejamento – estávamos com fome e todos os lugares estavam lotados por conta do horário (eram quase 2 da tarde), aí tivemos que nos virar com um pastel mesmo.

Seguimos andando e subimos o morro para ir ao Museu Castelo, que nada mais é que a antiga casa do engenheiro-chefe, agora museu aberto à visitação guiada (entrada R$ 5 adulto).

Muito interessante conhecer a estratégia por trás da localização da casa – é possível ter uma visão 360o da vila, assegurando que fosse possível para o chefe supervisionar o entorno 24 horas por dia.

Com exceção do piso de madeira, todo o restante do material da casa foi importado: móveis, mármore, itens decorativos… A guia era extremamente simpática e super didática, e pudemos entender então um pouco da história e dos costumes daquele lugar. Nesse dia estava bem cheio (tivemos que esperar um pouco para entrar), mas valeu a pena!

Saindo dali caminhamos mais um pouco e entramos num galpão onde havia várias barraquinhas de comida e artesanato, muita coisa feita com cambuci – uma frutinha azeda típica da região – passeamos pelas ruas admirando a arquitetura das casas, e paramos num café-ateliê super gracinha. Por causa do festival, por todo lado havia bandas se apresentando, além de toda uma programação de eventos.

Como é bem típico da região, a temperatura começou a cair no fim da tarde, assim como a neblina meio inglesa começou a tomar conta. Tiramos algumas fotos em trens e vagões abandonados no caminho de volta e seguimos para a ponte, para tomarmos o ônibus de volta ao estacionamento.

É um passeio bem diferente, em que é necessário caminhar bastante entre subidas e descidas, mas que vale a pena.

Vimos muitas famílias e muita gente com carrinho de bebê, mas as ruas são bem irregulares. Mais para o final da tarde vimos uma galera mais alternativa chegando, muitos preparados para acampar, com barracas e cobertores (imagino o frio!).

Meus malinhas adoraram e estamos planejando voltar e conhecer as trilhas que saem do Parque Municipal Nascentes de Paranapiacaba – li que há várias delas bem tranquilas pra fazer com crianças. E na próxima vez vamos comer antes de começar a explorar!

Para saber mais:

www2.santoandre.sp.gov.br/index.php/historia/historia-da-vila-e-da-ferrovia

vejasp.abril.com.br/cultura-lazer/vila-de-paranapiacaba-passeio-tremwww.cptm.sp.gov.br/sua-viagem/ExpressoTuristico/Trajetos/Paginas/Trem-Expresso-Paranapiacaba.aspx

www.cidadeshistoricas.art.br/cidadeshistoricas/paranapiacaba/pnp_his_p.php

********************************************

Gostou?
Tem mais ecoturismo e cidadezinhas adoráveis perto de São Paulo nos posts abaixo:

Roteiro pelo centro de São Luiz do
Paraitinga com 2 malinhas

Roteiro em Guararema com 2 malinhas

Monte Verde com 2 malinhas

Um dia em Gonçalves (MG) com 2 malinhas

Entre Minas e São Paulo: o que fazer em Andradas e Espírito Santo do Pinhal

 

 Salve essa imagem no seu Pinterest –

 

Gostou? Compartilhe!

Search

Quem Somos

Somos uma família de 4: eu, Cíntia, engenheira de formação mas que sempre gostei de escrever e viajar; marido, que me acompanha nas viagens desde 2009; e nossos dois malinhas, Letícia e Felipe, atualmente com 14 e 11 anos, que carregamos por todos os lugares desde que ainda estavam na minha barriga.

Fazemos Parte

Siga no Facebook

Siga no Pinterest

Siga no Instagram

Reserve sua hospedagem

Booking.com

Vá de carro

Viaje de ônibus

Reserve tours guiados e transfers

Não viaje sem seguro

Seguro Viagem Geral 2

Garanta ingressos por aqui

Powered by GetYourGuide

Compre livros e muito mais

Posts Recentes

Livros para refletir sobre o racismo

No mês da Consciência Negra, alguns livros para refletir sobre o racismo, suas origens e consequências, em tempos e países diversos.

Continue entre Mochilas e Malinhas

Uma resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *