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Roteiro pela Serrinha do Alambari em Penedo – o que ver e fazer

Conteúdo atualizado em 25 de fevereiro de 2024

A Serrinha do Alambari – ou simplesmente Serrinha – é uma região na serra do estado do Rio de Janeiro que, apesar de ficar entre as famosas Penedo e Visconde de Mauá, ainda não é tão conhecida dos turistas. É considerada área de proteção ambiental e faz divisa com o Parque Nacional de Itatiaia, coberta de mata atlântica e repleta de cachoeiras e nascentes de vários rios importantes na região. Há muitas chácaras, fazendas, hotéis-fazenda e campings, com um centrinho bem simpático – em resumo, um lugar pra fugir mesmo de agitação e curtir a natureza.

Na verdade, o distrito de Serrinha pertence à cidade de Resende mas sua entrada fica no início da estrada entre Penedo e Visconde de Mauá, passando por esse simpático portal da foto. É uma ótima opção de passeio para quem está hospedado em Penedo e quer fazer uns programas diferentes. Nós passamos um dia por lá e conhecemos vários locais bacanas!

O que fazer na Serrinha do Alambari

Começamos pela Pedra Sonora, uma formação rochosa que parece uma concha oca, que faz um barulho meio de eco quando se bate nela em determinados pontos. É cercada de lendas, sendo que uma delas conta que um índio, após ter levado uma flechada no pescoço e impedido de gritar por causa disso, bateu na pedra e o som chamou a atenção das pessoas da sua tribo, que conseguiram chegar a tempo de salvá-lo. Já a placa de identificação diz que quem bater na pedra e conseguir aquele seu som característico vai se livrar de acontecimentos trágicos pelo resto da vida – por outro lado, quem de alguma maneira danificar a pedra estará sujeito a acontecimentos trágicos rsrs.

Voltamos à estrada principal e seguimos as placas para a microcervejaria Elbers Bier. São poucos quilômetros de subida íngreme, em meio a chácaras e casas lindas. É uma cervejaria bem pequenininha mesmo, mas que produz algumas cervejas interessantes – há uma de cogumelo, por exemplo. A cervejaria ocupa uma casa fofa com cara de casinha de fazenda, branca e azul, uma pena que a visitação em si tenha deixado um pouco a desejar. Para quem aprecia cervejas diferentes, vale a pena.

Microcervejaria Elbers Bier

Dali descemos o morro novamente e seguimos as placas em direção a um trio de poços: do Céu, do Dinossauro e da Turmalina, que ficam numa propriedade particular. A estrada de terra não é das mais fáceis, pois além de alguns trechos mais íngremes havia muitos buracos (nosso carro não é 4×4 mas é bem alto, carros mais baixos podem sofrer um pouco – vale o aviso). São alguns quilômetros por entre chácaras, pousadas, restaurantes e alguns achados como essa pequena cachoeira.

A fazenda onde ficam os poços – sendo o mais famoso o do Dinossauro, porque tem a forma de uma pata – fica no fim da estrada e é cobrada entrada dos visitantes (R$ 35/pessoa, as crianças não pagaram), podendo estacionar dentro da propriedade. O senhor que nos recebeu garantiu que a trilha era fácil e bem curtinha até o Poço do Céu, cerca de 700 m, e os outros dois ficavam a poucos metros uns dos outros – o que se revelou uma bela enganação.

De fato a trilha é curta, de chão batido e plana no seu maior trecho. Mas conforme vai se aproximando da queda d’água a dificuldade aumenta e o caminho fica bem acidentado, além de mais íngreme. Há alguns apoios – corrimãos, cordas e, às vezes, degraus – mas ainda assim foi meio complicado para os malinhas.

O Poço do Céu é o maior do trio, um poção com muitas pedras no meio. Como é o primeiro e tem mais espaço, é o que tinha mais gente – o vento frio mais a água gelada não intimidou as várias pessoas que havia ali. O acesso até a água é bem íngreme, pois é preciso descer uma pedra grande e um pouco escorregadia – e para continuar a trilha para o poço seguinte, há uma corda na parte de cima para servir de apoio. Marido, como sempre, fez a “travessia” comigo e com os dois malinhas, pois eu morro de medo de me machucar rsrs.

O próximo é o Poço do Dinossauro, mais famoso mas bem menor que o do Céu, distante uns poucos metros bem cansativos. Malinha menor ficou meio decepcionado porque provavelmente esperava ver um fóssil de verdade, tadinho.

A essa altura já estávamos cansados mas marido nos convenceu a vencer os próximos 60 m para chegar ao último poço, o da Turmalina – e ainda bem, pois dos 3 é o mais bonito e onde aproveitamos mais, pois era mais fácil chegar até a água. Teve quem molhou os pés na água gelada, teve foto artística, teve um lanchinho nas pedras para todos se refazerem e podermos fazer a trilha de volta. Uma pena que o sol já estava baixo e as fotos não fazem jus à beleza do lugar: duas quedas d’água suaves em cima de pedras enormes, desaguando num poço onde se podia ver os detalhes das pedras no fundo, de tão transparente que era a água.

Depois de um merecido descanso e dos malinhas brincarem um pouco por ali, pegamos a trilha de volta – não sei o que acontece, mas sempre acho o caminho de volta mais curto que o de ida, será porque já sabemos o que esperar? Acabei achando até a trilha mais fácil rsrs.


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Somos uma família de 4: eu, Cíntia, engenheira de formação mas que sempre gostei de escrever e viajar; marido, que me acompanha nas viagens desde 2009; e nossos dois malinhas, Letícia e Felipe, atualmente com 14 e 11 anos, que carregamos por todos os lugares desde que ainda estavam na minha barriga.

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Respostas de 13

  1. Nossa! Que delícia de passeio, amamos esses passeios! Estivemos em Penedo (1 dia completo) e Visconde de Mauá (uma tarde) e não tivemos o tempo necessário para explorar. Porém estamos programando uma nova viagem, para depois que a quarentena passar, e tentaremos ir novamente, seu texto me ajudará a recriar nosso roteiro, obrigada!

  2. Já ouvi falar em Penedo e tinha curiosidade de saber mais sobre a região. Adorei a opção da Serrinha do Alambari, esse passeio na natureza em família é sempre um delícia para todos.

  3. Em pensar que passei minha infância nessa região. Minha mãe me conta muitas histórias e eu tenho muita vontade de voltar com a família. Amei as dicas

  4. Adoro lugares como a Serrinha do Alambari para passear com criança, principalmente para as de apartamento, são uma oportunidade de elas se integrarem com a natureza.

  5. A Serrinha é um lugar fantástico e o melhor é não ser tão conhecido e por isso menos movimentado. É uma região muito bonita. Esses passeios que vocês fizeram são sinalizados através de placas ? Como vcs chegaram até esses lugares ? Eu estive 2 vezes na Serrinha mas fiquei na casa de uma amiga. Fiz alguns passeios mas não sei se saberia chegar. Beijocas

  6. Adoro essas aventuras já fui a Penedo mas só por um dia conheci o centro e cheguei ir a uma só cachoeira não deu tempo,mas agora com essa dica vou voltar e conhecer esse lugar maravilhoso aí,em um dia da pra explorar?

  7. Não vejo a hora de chegar minha viagem para Penedo! Estava super em dúvida de como montar meu roteiro e o que fazer por lá, mas seu blog me salvou! Obrigada

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